ALÉM DA PROFICIÊNCIA: Um Estudo sobre Trajetórias Individuais e Métricas Sistêmicas
DOI:
https://doi.org/10.62556/ntvbem65Resumo
Este artigo analisa como registros qualitativos de aprendizagem produzidos pela professora no cotidiano escolar dialogam — ou não — com os indicadores numéricos das avaliações externas em larga escala no Brasil. A pesquisa, desenvolvida como estudo de caso, acompanhou ao longo de um ano letivo uma estudante do 6º ano e comparou sua trajetória individual aos dados gerados pelas escalas de proficiência do Saeb. Os registros docentes revelaram avanços cognitivos, afetivos e socioemocionais, fortemente influenciados por intervenções pedagógicas, feedbacks contínuos e elogios específicos, elementos que impulsionaram o engajamento e a autonomia da aluna. Em contraste, as avaliações externas produzem métricas agregadas voltadas ao monitoramento de redes, incapazes de capturar nuances relacionais e processuais do aprender. Os resultados mostram que avaliação interna e externa cumprem funções distintas e complementares: a primeira ilumina processos individuais; a segunda identifica tendências coletivas. O estudo conclui que o sentido pedagógico dos números depende da articulação responsável entre essas duas camadas de evidência, reconhecendo que trajetórias reais de aprendizagem ultrapassam aquilo que a métrica estatística é capaz de mostrar.
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Copyright (c) 2025 TATIANE MORAES, CAIO GUILHERME VASCONCELOS ALVES, SILAS PEREIRA DE OLIVERIA, SOPHIA CRISTINE SOARES MELLO (Autor)

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