REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE DOCENTES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ACERCA DA AVALIAÇÃO EM MATEMÁTICA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.62556/8n933h11

Palavras-chave:

concepções dos professores sobre avaliação, avaliação em Matemática, representações sociais

Resumo

Este artigo objetiva apresentar análises sobre as representações sociais de docentes atuantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental acerca da avaliação em Matemática, com a finalidade de compreender e discutir o significado, o sentido e os instrumentos utilizados pelos professores para avaliação dos estudantes. Como instrumentos de pesquisa foram utilizados o questionário e a pesquisa bibliográfica. Os referenciais teóricos-metodológicos envolveram: a Teoria das Representações Sociais embasada por Moscovici, Jodelet e Greimas para organização e análise dos dados obtidos; e as concepções de Luckesi (2006, 2011) e Hoffmann (2005, 2009, 2014) quanto à avaliação educacional. A avaliação escolar é um processo complexo que envolve e reflete as formas de pensar e ver dos docentes em relação à aprendizagem dos estudantes. As respostas às questões sobre o significado de avaliar, o para que se avalia e sobre quais os instrumentos utilizados pelos professores na avaliação da disciplina Matemática, permitem constatar as significações e as representações do grupo pesquisado. Assim sendo, foi possível concluir que, quanto ao significado de avaliar, ao objetivo, e ao uso de diversos instrumentos e técnicas de avaliação, as representações sociais dos professores pesquisados apontam para o significado de: verificação do que foi aprendido ou não pelo estudante; diagnóstico, no sentido de investigação das dificuldades e do processo de raciocínio do estudante; acompanhamento da aprendizagem, da turma ou mesmo do estudante individualmente; orientação da prática docente, para reestruturar ações de planejamento e adequar o trabalho às necessidades dos educandos. Quanto aos instrumentos utilizados para avaliação, evidenciou-se a presença significativa do uso de provas, testes, exercícios de fixação e atividades escritas. Contudo, verificou-se também, uma diversidade de instrumentos, como jogos, conversas, participação oral, observação, entre outros, o que sinaliza um deslocamento de sentido, que transita da avaliação final e classificatória do aprendido, para a avaliação que ocorre no rocesso educativo e que envolve o compromisso de professores e de estudantes com o enfrentamento das dificuldades e dos avanços na aprendizagem.

Biografia do Autor

  • Mônica Jacomedes

    Doutoranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Mestra em Educação pela Universidade Católica de Petrópolis (2009) e Especialização em Coordenação Pedagógica pela Universidade Federal de Ouro Preto (2016). Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1984), Atualmente é Técnica do Departamento de Planejamento Pedagógico e de Formação da Prefeitura de Juiz de Fora , atuando principalmente nos seguintes temas: formação de professores; metodologia do ensino da matemática; referencial curricular de matemática; planejamento; avaliação.

  • Sergio Martinic

    Phd em Sociología (Faculté des sciences économiques, sociales, politiques et de communication) Universidade Católica de Louvain: Louvain-la-Neuve, BE. Professor titular de Ciências Sociais da Universidade de Aysen: Coyhaique, Região de Aysen, CL; Acadêmico associado (Faculdade de Educação) da Pontifícia Universidade Católica do Chile: Santiago,
    Metropolitana, CL.

  • Alícia Maria Catalano de Bonamino

    Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2000). Atualmente é Professora Associada da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e pesquisadora do Laboratório de Avaliação da Educação/LAEd. É membro da Rede de Estudos sobre Implementação de Políticas Públicas Educacionais (REIPPE) integrada por pesquisadores de diversas instituições brasileiras de ensino e pesquisa (USP; PUC-SP; UFPR; UNICID; CENPEC; UFRJ; Fundação Carlos Chagas; UNIRIO; UFOP, entre outras). Coordena no Brasil a rede internacional de pesquisa “Desigualdade e discriminação: políticas e contextos escolares” constituída no âmbito do Programa Institucional de Internacionalização da Capes (CAPES/PRINT), com a participação de pesquisadores do Brasil, da França e do Chile, que se propõem a investigar a implementação de políticas educacionais que, em cada um dos três países, se voltam ao enfrentamento da desigualdade e da discriminação social em contextos educacionais.

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Publicado

24-01-2024

Como Citar

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE DOCENTES DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ACERCA DA AVALIAÇÃO EM MATEMÁTICA. (2024). Cadernos Para O Professor, 2(46), 19. https://doi.org/10.62556/8n933h11