ISSN 2965-7849 On-line
ISSN 1678-5304 Impresso (até 2023)
v. 2 n. 50 (2025): Cadernos para o Professor
Caro(a) Leitor(a),
A publicação da 50ª edição da Revista Cadernos para o Professor representa um marco significativo na trajetória deste periódico. Ao longo de sua história, sendo a primeira publicação em 1993, a Revista tem se consolidado como um espaço de diálogo, reflexão e formação continuada para os profissionais da educação. Esta edição reafirma o compromisso da Secretaria de Educação com o trabalho docente e com a divulgação de estudos teóricos, documentais e de práticas pedagógicas comprometidas com a aprendizagem dos estudantes.
Como parte das inovações desta edição, a Revista Cadernos para o Professor inaugura uma nova seção dedicada à produção literária e artística. Este espaço busca reconhecer e, principalmente, valorizar as múltiplas formas de produção e expressão presentes no ambiente escolar, partindo do entendimento de que a educação também é composta pela cultura, pela sensibilidade e criatividade, fundamentais para a formação individual, social e cidadã.
Além disso, a cada novo número da Revista, ampliamos não só o debate sobre o fazer pedagógico, cultural e reflexivo dos professores e professoras, mas também e o seu alcance geográfico. Nesta publicação, contamos com manuscritos vindos dos estados Pará, Paraná, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo e, claro, Minas Gerais. As contribuições dos 50 autores, nos 27 textos publicados, ampliaram a análise teóricometodológico sobre a temática que orienta este número, “Avaliação: entre o fazer pedagógico e os indicadores educacionais” e de outras temáticas relacionadas à educação que chegam pelo fluxo contínuo.
A 50ª edição da Revista Cadernos para o Professor convida os leitores a refletirem sobre um dos eixos centrais do processo educativo. A avaliação, entendida como parte constitutiva e pedagógica, permeia o cotidiano escolar e se apresenta como instrumento para o acompanhamento do aprendizado e desenvolvimento dos estudantes, para a organização do trabalho docente e nas para orientações pedagógicas mais conscientes e contextualizadas à realidade escolar por parte dos órgãos e sujeitos responsáveis pela gestão.
Trata-se, desse modo, de uma avaliação que considera as diferentes trajetórias e formas de aprender, possibilitando a identificação de avanços, dificuldades e potencialidades Secretaria de Educação de Juiz de Fora Ano XXXII Nº 50 - 2025 dos estudantes. As avaliações realizadas de forma formativa, processual e contínua, tornamse elementos essenciais para monitorar os aprendizados, para identificar defasagens e possibilitar que haja a recomposição das aprendizagens não consolidadas em sala de aula, garantindo assim visando o alcance ao pleno direito do aluno de ter acesso aos conhecimentos escolares.
Paralelamente, as avaliações externas, promovidas por órgãos federais e estaduais, produzem indicadores que subsidiam a formulação e o monitoramento de políticas públicas educacionais. Ao fornecerem dados quantitativos sobre o desempenho dos estudantes, essas avaliações permitem uma análise e reflexão ampliada do sistema educacional municipal, estadual e nacional, que aponta para os desafios históricos e estruturais, mas que busca com essas evidências numéricas, ações voltadas à equidade e melhoria do ensino. Entretanto, a interpretação desses dados exige contextualização com as realidades locais, de modo que os resultados possam ser compreendidos como instrumentos de apoio à prática pedagógica, e não como mecanismo de controle, monitoramento docente ou de responsabilização individual. O processo educativo, em seu sentido mais amplo, é uma responsabilidade coletiva que envolve múltiplas instituições, sujeitos e fatores sociais que interferem diretamente no aprendizado dos estudantes.
Sendo assim, esta edição propõe a articulação entre o fazer pedagógico e os indicadores educacionais, ressaltando a importância de uma leitura crítica das diferentes formas de avaliação. Ao reunir reflexões teóricas, relatos experiências e produções literárias, esta edição reafirma o papel enquanto instrumento de formação, produção e de escuta de professores e professoras. Que a leitura possa inspirar outras práticas, suscitar debates e fortalecer o compromisso coletivo com uma educação pública, democrática e inclusiva.
Desejamos a todas e todos uma excelente leitura!


